Com a subida da inflação e o aumento dos preços, a estratégia do Governo passa por proteger os rendimentos dos portugueses através do controlo de preços e não por via de aumentos salariais.
Os economistas consideram que, a curto prazo, esta pode ser uma boa opção por parte do Governo, mas avisam que os portugueses vão perder poder de compra.
Na administração pública, com a inflação a rondar os 4% e aumentos dos salários de 0,9% num salário de 1.000 euros líquidos, a perda do poder de compra ronda os 30 euros por mês.
No sector privado, se não houver aumentos, uma pessoa que recebe 1.000 euros perde cerca de 40 euros por mês por causa do aumento generalizado dos preços.
Há quem fale no regresso da austeridade, mas esta é uma palavra que ninguém aceita neste Governo, preferindo a expressão “contas certas”, ainda que a carteira dos portugueses seja pouco sensível aos nomes que são dados à realidade que se vive.