Os principais indicadores compósitos da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), divulgados esta terça-feira, continuam a apontar para o abrandamento da economia na Europa e para um crescimento estável no conjunto da OCDE.
Na Europa, marcada pela inflação elevada e pela queda das expectativas na indústria, os indicadores da OCDE continuam a dar sinais de quebra do ritmo de crescimento nos países da Zona Euro, inclusivamente na França, Alemanha e Itália. Também o Reino Unido regista uma tendência de abrandamento.
Fora da Europa, os indicadores compósitos continuam a apontar para um crescimento estável no Canadá, Japão e Estados Unidos. A OCDE antecipa igualmente uma estabilidade no crescimento da maioria das principais economias de mercados emergentes, em particular na China e na Índia. Contudo, o Brasil dá sinais de uma desaceleração do crescimento.
Os indicadores compósitos da OCDE visam antecipar flutuações cíclicas na actividade económica nos próximos seis a nove meses, com base numa série de factores, entre os quais, licenças de construção, taxas de juros de longo prazo e registos de veículos. A maioria dos indicadores está disponível até Abril de 2022.
A OCDE sublinha que as incertezas contínuas relacionadas com a guerra na Ucrânia e a pandemia de Covid-19 resultam flutuações mais elevadas que o normal, razão pela qual estes dados devem continuar a ser interpretados com cuidado.