Em 2021, foi registada uma aceleração dos preços, tendo o Índice de Preços no Consumidor (IPC) evidenciado um forte movimento ascendente, registando variações homólogas de 0,6% no primeiro semestre e de 1,9% na segunda metade do ano, além de 1,3% de média anual, após a variação nula em 2020, de acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística.
Esta aceleração dos preços verificou-se na maioria das categorias do IPC, embora mais pronunciadamente nos bens energéticos. O aumento dos preços foi ainda mais acentuado na produção industrial, tendo o respectivo índice aumentado 6,4% em 2021, depois de ter diminuído 3,9% no ano precedente. o INE sublinha que o aumento anual dos preços na produção de bens de consumo foi bastante mais moderado (2,1%), ficando assim mais próximo do verificado no IPC.
Os indicadores de curto prazo, disponíveis para Novembro, revelam elevados crescimentos em termos nominais na indústria e nos serviços, significativamente mais intensos que no mês precedente e reflectindo sobretudo a aceleração dos preços implícitos. Em termos reais, verificaram-se aumentos na indústria e na construção.
Na perspectiva da despesa, os indicadores quantitativos de síntese (atividade económica, consumo privado e investimento) aceleraram em Novembro de 2021. O indicador de clima económico, que sintetiza as apreciações dos empresários, estabilizou em Dezembro, apresentando um comportamento irregular desde Julho.