O saldo externo da economia portuguesa manteve-se em 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB) no quarto trimestre de 2021, tal como no trimestre anterior. Relativamente a 2020, o Rendimento Nacional Bruto (RNB) registou um aumento de 6%, o Rendimento Disponível Bruto (RDB) subiu 6,7% e o PIB cresceu 5,7%, de acordo com os dados divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
No quarto trimestre de 2021, o RDB das famílias aumentou 1,4% face ao trimestre anterior e 4% relativamente a igual período de 2020. Segundo o INE, para este resultado contribuiu essencialmente o crescimento das remunerações em 1,5% face ao trimestre anterior e de 5,6% em termos anuais. A capacidade de financiamento das famílias diminuiu 0,6 pontos percentuais, para 4,4% do PIB, e a taxa de poupança decresceu para 10,9%, depois dos 11,7% registados no trimestre anterior e dos 12,6% no final de 2020.
Já o saldo das sociedades não financeiras, fixou-se em -2,4% do PIB, o que representa uma quebra de 0,4 pontos percentuais face ao trimestre anterior. Comparativamente com o mesmo período de 2020, o saldo foi menos negativo (-3% em 2020), como resultado do aumento do Valor Acrescentado Bruto (VAB) e uma redução dos rendimentos de propriedades pagos.
A capacidade de financiamento das sociedades financeiras diminuiu para 1,5% do PIB no quarto trimestre de 2021, depois dos 1,7% observados no trimestre anterior e dos 2,5% em 2020.
A necessidade de financiamento das administrações públicas diminuiu 1,2 pontos percentuais no quarto trimestre de 2021, ficando-se em 2,8% do PIB (5,8% em 2020).